A Casa

O Espaço de Cultura A Casa é um lugar onde se trabalha cidadania cultural e arte.
Oferecemos uma biblioteca; cursos e oficinas; reforço escolar e alfabetização de adultos; visitas à centros culturais.
Participamos de eventos ligados a cultura, tais como: Niterói de Portas Abertas, Andanças Literárias – Encontro com a Palavra, promovidos pela prefeitura de Niterói.
Procuramos desenvolver projetos que estimulem a capacidade criadora das pessoas, permitindo-as revelarem seus talentos pessoais e potencialidades.

O Fonseca

O Fonseca é um dos bairros mais antigos de Niterói. Fundado em um vale de vegetação exuberante e cortado pelo canal da Vicência, ao longo dos anos tornou-se um bairro de classe média e de trabalhadores. Mudando o seu perfil de rural para residencial e comercial. O Fonseca concentra quase 15% dos habitantes da cidade.
Sendo a Alameda São Boaventura sua única via comum a todos os pontos do bairro e estando ligada a Ponte Rio-Niterói e também a rodovia Tronco Norte Fluminense, tornou intenso o fluxo de veículos que transportam cargas e pessoas. Este impacto urbano não tem sido amenizado por nenhuma iniciativa pública apesar de muitas propostas estudadas.
Seus moradores convivem atualmente com conflitos diversos, decorrentes sobretudo do crescimento irregular, da falta de planejamento urbano e do domínio de várias de suas comunidades pelo tráfico de drogas. A dificuldade de acesso a bens culturais agrava a situação desigual dos moradores mais carentes.

A Iniciativa

A iniciativa partiu da trajetória da professora e bibliotecária do Colégio Estadual José Bonifácio.
Percebida a carência de espaços culturais onde se desenvolvessem ações complementares extra-escolares. Constatada a falta de lugar para estudar e ensaiar o grupo de teatro da escola e o grande interesse de alguns jovens pelas artes cênicas e pela música. O passo seguinte foi a recuperação do antigo casarão abandonado da rua, junto a participação de voluntários com materiais, equipamentos e recursos humanos.
A Casa tem como um dos fundamentos a troca de saberes e experiências entre os participantes, fazendo com que os mesmos sejam sujeitos da ação.

A Trajetória

À medida em que chegavam novos alunos, outras necessidades surgiram. Como o grupo de estudos para o vestibular; atividades de psicodrama público; oficinas de leitura e redação; aulas de música, canto, teatro e artes plásticas; apresentações de música, teatro, dança, contação de histórias, saraus de poesia e exibição de filmes; visitas a centros culturais.
A Casa já favoreceu profissonalmente alunos com cursos: lutheria, montagem e manutenção de computadores, bijuteria, artesanato, reciclagem de materiais, culinária, costura.
Alguns dos primeiros participantes hoje estudam artes cênicas, trabalham em grupos profissionais de teatro, dão aula de dança e aulas na escola. Outros tiveram bom desempenho no vestibular e estão nos diversos cursos: biblioteconomia, geografia, arquivologia, ciências biológicas, artes cênicas, informática, matemática e pedagogia.
A partir daí cada vez mais atividades tiveram lugar no espaço, sempre aberto a propostas de trabalho que viessem a atender às demandas da comunidade.

A Demanda

As atividades foram e são desenvolvidas a partir de demandas da comunidade, surgindo a partir das escolas públicas e particulares da comunidade, por grupo de jovens, pelo grupo de teatro da escola, e por vontade espontânea de pais de alunos como no caso de reforço escolar. Havendo também o oferecimento de atividades pelo projeto A Casa e seus voluntários em consonância com as necessidades ainda não percebidas pela comunidade (psicodrama, saraus e rodas de leitura).